Facebook e Mozilla decretam guerra ao Flash!

A Adobe soltou uma atualização para o Flash Player que corrige falhas de segurança.

A atualização vem em resposta a um “enquadro” que a Adobe levou da Mozilla: a empresa criadora do Firefox bloqueou o plugin do Flash de seu navegador.

E isso apenas um dia depois de Alex Stamos, diretor de segurança do Facebook, ter exigido da Adobe que definisse a “data de morte” do Flash.

Mas você pode se perguntar: “por que todo esse ódio contra a plataforma da Adobe?”. Se você tem essa dúvida, continue a ler abaixo.

O que é o Flash

O Adobe Flash, que já se chamou Macromedia Flash e Shockwave Flash, é uma plataforma de gráficos. Ela é utilizada principalmente para produzir animações, banners interativos, streaming de conteúdo multimídia, joguinhos interativos e diversos recursos mais elaborados de sites.

Com a ascensão do HTML5 (novo padrão de linguagem de codificação da internet), muitas das funções antes desempenhadas pelo Flash agora podem ser executadas pelos próprios navegadores, sem a necessidade de um plugin externo.

Para usuários comuns, isso é bastante benéfico. Primeiramente, porque o funcionamento do seu navegador não depende de um plugin externo. E, em segundo lugar, porque ele não depende de um pedaço de código fechado.

No entanto, diante da infinidade de máquinas com configurações diferentes que acessam diversos sites diariamente, o Flash ainda continua sendo relativamente importante para que a internet possa ser utilizada de maneira igual por todos.

Problemas recentes

Pode-se considerar, portanto, que o Flash já estava em um processo natural de decadência. O próprio Chrome já consegue “traduzir” os recursos em Flash de determinados sites para HTML5, o que torna o uso do plugin desnecessário.

Essa decadência, no entanto, se acelerou rapidamente quando, na semana passada, a empresa Hacking Team foi (ironicamente) hackeada. O vazamento de mais de 400GB de dados da empresa revelou, entre outras coisas, falhas de segurança gravíssimas no Flash.

A falha afetava os computadores que rodavam Windows e Linux, e os navegadores Internet Explorer, Chrome, Firefox e Safari – quase tudo, portando – e permitia que hackers executassem códigos maliciosos em outras máquinas. Apesar de ser a mais grave, ela não foi a primeira falha de segurança encontrada no Flash nesse ano.

Essa foi a gota d’água que levou a Mozilla a bloquear o plugin do Firefox, e que fez Alex Stamos exigir que a Adobe declarasse a data de morte do Flash. Até porque, como lembrou Mark Schmidt, funcionário da Mozilla, desde 2010 Steve Jobs já dizia que o Flash não era mais necessário.

E agora?

A situação atual do Flash não é nada boa. Além de ele estar com quase 20 anos de idade e se tornando cada vez menos necessário para a navegação na internet, ele continua sendo um enorme foco de vulnerabilidades para computadores conectados.

Para a Adobe, que é responsável pelo software, isso é um problema. Para os usuários comuns, por outro lado, nem tanto: a internet em geral já está “superando” o Flash, e a transição para um mundo sem Flash (como pediu o chefe de segurança do Facebook) deve ser relativamente tranquila.

Caso isso te preocupe, no entanto, você pode testar viver na internet sem Flash por um tempo para ver se a ausência dele faz muita diferença.

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