Internautas reclamam do fim do Google Reader

Usuários fazem abaixo-assinado pela conservação do serviço no site change.org

 

Muitos internautas demonstraram decepção com o fechamento do filtro de leitura RSS Google Reader, anunciado pelo gigante da internet para o começo de julho. Um abaixo-assinado pela conservação do serviço, pelo site change.org, registrava só na quinta-feira à noite, dia do anúncio, 73.800 assinaturas por volta das 17H45 de Brasília.

“Nossa confiança em outros produtos do Google (Gmail, YouTube e até o Google+) requer que tenhamos segurança no fato de que sejam respeitados os motivos de como e porque utilizamos os serviços. Não se trata apenas de nossos dados no Reader”, explica o autor da petição, o nova-iorquino Dan Lewis. O Google Reader estava entre os temas mais discutidos no Twitter na quinta-feira.

A função foi lançada pelo Google em 2005 para permitir aos internautas acompanhar as atualizações dos sites que lhes interessam utilizando o programa RSS. O Twitter foi, em parte, responsável por torná-lo obsoleto, ao oferecer posts em tempo real no computador ou no celular.

“Enquanto os produtos têm seguidores leais, o uso ao longo dos anos caiu”, afirmou o vice-presidente da infraestrutura técnica do Google, Urs Holzle, ao anunciar o fechamento do serviço em um post do blog do grupo.
Alguns defensores do Google Reader destacam que ele é utilizado para driblar a censura, por exemplo, em certos países do Oriente Médio, como no Irã.

Os dados do Google Reader estão nos servidores do Google, o que significa que para bloqueá-los, os censores devem impedir o acesso a quase todos os sites do gigante da internet.

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