Celulares entregam autonomia entre 18% e 51% abaixo do prometido, segundo entidade britânica. Entenda a polêmica envolvendo a fabricante e a “farsa” na bateria.
A duração de bateria do iPhone pode não ser exatamente aquilo o que a Apple apresenta. De acordo com um estudo realizado pelo Which?, entidade dedicada à defesa dos direitos do consumidor no Reino Unido, a empresa superestima a duração de bateria de seus celulares em médias que oscilam entre 18 a 51%, a depender do modelo.
A entidade analisou nove edições diferentes de smartphones e atestou que a maior diferença foi encontrada no iPhone XR. Em nota, a Apple explica que testa rigorosamente os seus telefones, e ressaltou a integração entre software e hardware. A marca afirma também que detalhes da metodologia utilizada não foram compartilhados, o que impede a comparação de resultados.
Os celulares da Apple foram testados para medir se alcançam ou não a promessa da fabricante. No estudo, o grupo britânico alega ter adquirido nove modelos diferentes de iPhone e carregado todos eles até a capacidade máxima. O teste levou em consideração o tempo que cada um levou até descarregar por completo em conversação.
O caso do iPhone XR é o mais emblemático, que descarregou após 16 horas e 32 minutos de conversação. Segundo a Apple, o celular promete 25 horas de autonomia, uma diferença de 51% quando comparado com os resultados dos testes realizados pelo Which?.
Além de modelos da Apple, a entidade testou produtos da HTC, Samsung, Nokia e Sony. Dessas marcas, apenas a HTC apareceu em falta com relação à comparação entre a realidade e aquilo que seus produtos prometem.
Em janeiro de 2019, o TechTudo testou o iPhone XR. Durante o review, o celular apresentou autonomia de quase 16 horas. A análise, porém, utilizou recursos além da conversação, como streaming durante uma hora, e aplicativos de produtividade, como o Evernote, entre outros.
MAIO